sábado, 19 de janeiro de 2013

Desempenho da Velocidade Após o Exercício de Agachamento e Sequência de Saltos Sobre Barreiras em Futebolistas Sub 15


Dentro da modalidade futebol existem diversas capacidades que auxiliam no desempenho competitivo, com isso a velocidade pode ser considerada a determinante durante os jogos competitivos, já que nos jogos os atletas realizam diversos sprints.
            Estudos realizados por Robbins(2005) Batista et al.(2007) Batista et al.(2003)      afirmam que quando realizado um exercício de força em intensidades máximas ou submáximas, potencializam as atividades subsequentes. Isso poderia servir de auxilio para aquecimento da modalidade e assim obter uma possível melhora no resultado. Essa melhora é apresentada na literatura como POTÊNCIALIZAÇÃO PÓS-ATIVAÇÃO (PPA).

MÉTODOS
            Este estudo foi publicado no ano de 2012, na Revista Brasileira de Futebol, e participaram do estudo 21 futebolistas da categoria sub 15, da cidade de São Paulo.
            Foram realizadas 3 fases durante o estudo: 1ª Fase: Todos realizam o teste de velocidade de 20mts e foram classificados do melhor para o pior e divididos de forma intercalada, seguindo pela divisão em grupos, GE e GC (experimental e controle respectivamente); 2º Fase: O grupo GE executou um aquecimento de 10 minutos padronizados por exercícios com bola, deslocamento com mudança de direção e alongamentos, em seguida fizeram 4 repetições máximas no exercício de agachamento livre, depois fizeram um intervalo de 5 minutos e assim realizaram 3 séries de sprints de 20mts com 3 minutos de pausa entre eles.; 3ª Fase: O GE realizou o mesmo procedimento da fase 2 de aquecimento, porém ao invés do exercício de força realizou uma sequência de 4 saltos sobre barreiras de 40cm, depois de 5 minutos de intervalo realizaram o teste de velocidade de 20mts. O GC nas fases 2 e 3 executava o aquecimento, partia para avaliação de velocidade após 5 minutos de intervalo.

RESULTADOS

           
                      O gráfico acima mostra os valores da velocidade durantes as fases 1, 2 e 3 e apresenta que durante fase 2 que foi realizado o exercício de agachamento a velocidade da corrida de 20mts foi maior comparado com o grupo controle, já na fase 3 o exercício de salto sobre barreiras, não foi capaz de aumentar a velocidade durante os 20mts.

POSSÍVEIS MECANISMOS
PPA parece ser produzida por mecanismos fisiológicos desencadeados no músculo e no sistema nervoso central;
O principal causador da PPA é a fosforilação da miosina regulatória de cadeia leve, que altera a conformação das pontes cruzadas, que coloca as cabeças globulares numa posição mais próxima dos filamentos finos de actina. Essa aproximação aumenta a probabilidade de interação entre as proteínas contráteis, o que pode ter a maior conexão entre os filamentos, assim ocasionando uma melhor tensão (Rassier e Macintosh; 2000);
Segundo Baker(2003) a PPA pode ser explicada por eventos como aumento de recrutamento de unidades motoras, melhora na sincronia dos disparos dos impulsos nervosos, diminuição da influência de mecanismos inibitórios centrais(célula de Renshaw) e periféricos(OTG) e aumento da inibição recíproca da musculatura antagonista;
  
CONCLUSÃO
            Através dos resultados deste estudo, conclui-se que o aumenta da velocidade teve relação com a PPA, e que exercícios com pesos com cargas máximas e submáximas são mais eficiente para desenvolver a PPA.

REFERÊNCIA DO ARTIGO
Carvalho LM, Confessor YQ, Angeli G, Barros Neto TL. O efeito agudo da potencialização pós-ativação na performance de velocidade em atletas de futebol. Rev Bras Futebol. 2012; 05(1): 03:11.


Comparação do Gasto Energético Entre o Caminhar e o Correr na Mesma Distância


Cada vez mais é a procura da população em relação a prática de atividade física, desde de objetivos a qualidade de vida, reabilitação de patologias, emagrecimento, ganhos de massa e força muscular. Assim há disponibilidade de diversos meios de treinamentos para se alcançar estes objetivos.

            O estudo que será apresentado foi publicado no ano de 2012, que teve como objetivo em realizar a comparação do gasto energético (GE) entre o correr e caminhar numa mesma distância com 10 homens de 18 á 35 anos, com média de 77 kg, 175,6 cm, com no mínimo um ano de treinamento regular.

MÉTODOS
            Os voluntários percorreram uma distância de 2milhas, onde a intensidade do caminhar foi de 3mph(4,8km/h) durante 40 minutos e a corrida 6mph(9,6km/h) durante 20 minutos.
            A analise do GE foi realizado de forma direta pelo aparelho VO2000 – Aerosport Medical Graphics.

RESULTADOS
            Na figura abaixo mostra o resultado do GE, comparando a corrida e o caminhar dentro da mesma distância, que obteve média de 4,7kcal/min e 12,3kcal/min do caminhar e correr respectivamente.


Os valores deste estudo corroborou com os dados apresentados por King et al.(2004) Walker et al.(1999) Haymes e Byrner(1993), porém estes estudos citados não utilizaram a mesma distância para realizar a comparação do caminhar e o correr. Assim com a mesma relação utilizada neste estudo apresentado Hall et al.(2004) Fellingham et al.(1978) Bhambhani e Singh(1985) mostram também que a corrida obtém um valores significativo maior que a caminhada quando o parâmetro é GE.

POSSÍVEL MECANISMO
            Os autores acreditam que o possível mecanismo, para a corrida ter um valor maior de GE que a caminhada, seria por apresentar maior força de reação contra o solo e requer maior movimentação das articulações dos membros inferiores.

CONCLUSÃO
            Os resultados concluem que o correr apresenta o GE superior que o do caminhar, portanto para homens jovens e treinados a corrida é mais indicado para a promoção e manutenção da saúde.

REFERÊNCIA DO ARTIGO
Sindorf MAG, Silva LA, Gonelli PRG, Gobatto FBM, Verlengra R, Peligrinotti IL, Montebello MIL, César MC. Comparação do gasto energético ao caminhar e correr a mesma distância. Saúde em Revista. 2012: 12(31); 7:14.