segunda-feira, 23 de abril de 2012

Potencialização Pós-Ativação - Aplicação no Aquecimento de Provas de Potência

Geralmente os aquecimentos são executados em uma atividade aeróbica de baixa intensidade e curta duração, alongamentos estáticos passivos, ativos e dinâmicos e movimentações especificas da modalidade. O uso de alongamento é muito discutido quando aplicado antes de treinos de Força e Potência, ocorre a diminuiação de interação das pontes cruzadas.

Porém alguns autores sugerem que atletas de Potência incluam exercícios de Força em sua rotina de aquecimento, complementando os outros exercícios (VERKHOSHANSKY; SIFF, 1993; GULLICH; SCHMIDTBLEICHER, 1996). Essa prática se impõem em cima de estudos que demonstram a possibilidade de exercícios dependentes de Força para serem potencializados, assim ocorrendo uma grande melhora no desempenho, quando são realizados exercícios de Força no aquecimento.

Em alguns estudos tem mostrado a Potencialização por estímulos elétricos em músculos isolados e também há o aumento de força, mas é chamado de Potencialização Pós-Tetania(PPT), mas o sistema que encaixa em nossas realidades seria a Potencialização Pós-Ativação(PPA), que consiste em exercícios de Força antes do treinamento.

PROVÁVEIS MECANISMOS FISIOLÓGICOS DA PPA

  • A PPA parece ser produzida por mecanismos fisiológicos desencadeados no músculo e no sistema nervoso central;
  •  O principal causador da PPA é a fosforilação da miosina regulatória de cadeia leve, que altera a conformação das pontes cruzadas, que coloca as cabeças globulares numa posição mais próxima dos filamentos finos de actina. Essa aproximação aumenta a probabilidade de interação entre as proteínas contráteis, o que pode ter a maior conexão entre os filamentos, assim ocasionando uma melhor tensão(Rassier e Macintosh; 2000);
  •  Segundo Baker(2003) a PPA pode ser explicada por eventos como aumento de recrutamento de unidades motoras, melhora na sincronia dos disparos dos impulsos nervosos, diminuição da influência de mecanismos inibitórios centrais(célula de Renshaw) e periféricos(OTG) e aumento da inibição recíproca da musculatura antagonista;
  •  A maior PPA em fibras do tipo II é explicada pelo fato de esse tipo de fibra ser mais suscetível á fosforilaão da miosina RCL(MOORE; STULL, 1984; GRANGE et al., 1998);

VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A PPA

  • Para induzir esse efeito de PPA através de contrações voluntárias, seria necessária cargas máxima ou próxima da máxima(VANDERVOORT et al., 1983; GULLICH; SCHMIDTBLEICHER, 1996; SKURVYDAS; ZACHOVAJEVAS, 1998; GOSSEN; SALE, 2000; PAASUKE etal., 2000);
  •  Gullich e Schmidtbleicher (1996) verificou-se que a manifestação da PPA depende do volume, da intensidade dos exercícios de força utilizados como Ativação;
  •  O intervalo do exercício de Ativação entre a PPA é muito importante, pois  um estudo realizado por Gullich e Schmidtbleicher (1996) comparou que o intervalo entre os estímulos que duravam 5' em relação a 1' ou 3' existia a maior PPA;

SUGESTÕES PARA APLICAÇÃO NA PRÁTICA DA PPA

  • Utilizar para avaliar a PPA saltos horizontais, verticais com ou sem contramovimento, arremesso com Medicine e etc.Avalie antes e depois;
  • Não esqueça das variáveis descritas acima, podem influenciar muito na PPA;
  • Façam teste durante os treinamento nas academias;
  • Podem ser utilizados em aquecimentos antes de competição, estudos mostram sucesso;


    Nenhum comentário:

    Postar um comentário